Eu tenho sangrado e chorado sozinho
noite após noite, todos estes dias.
Eu tenho sofrido por mim mesmo,
por me ver nessa decadência lenta e gradativa
Eu tive pena de mim mesmo - e isso é o fundo do poço.
Eu não gosto mais de "amor"
Nem gosto mais de sorrir por causa das crianças
Nem as festas me preenchem
Nem mais fingem preencher
Mas eu ainda gosto do azul do sal
e do cinza da montanha.
Eu posso aprender a dançar
e ainda não esqueci de como se voa.
E se, eu ficar por perto destas cores,
talvez elas possam me contar alguns segredos
que eu escolhi esquecer.
E ai, então, quem sabe, eu varra as folhas mortas,
quem sabe então, talvez eu consiga desgravar meu nome desta lápide
E fazer mais uma curva nesta estrada.
