sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA

Versos que se repetem
Na escrita automatica
Efeito da solidão concentrada
Desconcentra as vontades de socialização
Desconfigura a paixão e o coração
O organico não trabalha mais nem melhor do que o suposto etéreo
Etéreo este que é químico e é tangível
Apenas mais um mito inventado para alienar
E no fim das contas, tudo conspira para bem.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BRADO INVEROSSÍMIL

Eu não posso acreditar que voce é a personificação da ausência de amor que me abraça.
O abraço da madrugada chuvosa que se segue a nossa noite de amor.

PRESSÁGIO

Cada dia que passa,
Eu sinto mais medo,
Do ódio que consigo acumular,
De tudo o que é erro,
Incluindo o de mim mesmo,
Que não posso tolerar.
Qualquer dia eu enlouqueço,
Dou um tiro na cabeça,
Imito Ícaro e sem receio,
Busco abrigo em alto mar,
Mas por hora,
Simplismente,
Deixo a estrada me levar.

VERSOS BRANCOS DE UMA MORTE ANUNCIADA

Fiz uma escolha,
E da escolha um custo amargo,
Quando eu vim para longe do mundo,
Vejam voces que infortúnio,
Tiro pela culatra,
Erro retroativo,
Sou zumbi da minha liberdade.
Meretriz do meu próprio coração.
Todo dia eu morro,
Quando deito nesse leito lodo,
Lamaçal infeccioso,
Frio,
Longe.
E de tanto que pedi,
Até meus fantasmas se foram...
Já não tenho preço,
Não valho.
E quem ouvirá meu choro?
Pra quem farei uma canção?
(...)
A verdade é que estou morto.
Sete palmos abaixo do chão.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FANTOCHES E FETICHES

Qual o preço de uma grama de amor puro?
Qual a medida em que se negocia um amor sincero?
Entreguei meu corpo como uma prostituta barata e viciada,
Porque jurei pra mim mesmo ter visto em teu olhar o brilho de uma bondade há muito extinta.
E errei mais uma vez,
E novamente verti meus sonhos em lágrimas ao canto de uma parede.
Me tratas mal, sem respeito e sem carinho,
Faz-te uma relação carnal, da liberdade que eu te dei.
Deve rir-te com os teus, as custas da minha angústia,
E penso cá com meus botões, quantos tostões tu apostaste que um dia seria tua.
Penso se te afastas ou se sou eu quem te repele,
Penso se encontras desculpas pra deixar-me em minhas solitárias indagações,
Penso porque não vem me vê quando diz que virá,
Penso porque penso em você quando nem sei onde estás.
Estas tão certo do amor que te entreguei,
Do soro que de mim sorveu tua alma incauta e sedenta de orgulho e vaidade,
Faz de mim o que bem queres,
Não adula pois és tu quem deste bebe.
Eu estou só e ferido,
Eu te peço num sussurro de uma noite angustiada...
Não permita que eu não mais sinta tua falta.