sábado, 24 de maio de 2014

ODE ÀOS POETAS MORTOS ou O MAL DO SÉCULO



Salve Taverneiro de Álvares, acompanha-me nesta dose e diz-me; 
O que é Tristeza?

É quando querendo ficar, você é convidado à partir.
É quando ficam apenas fotografias...
É contrariar o coração.
É violentar a alegria alheia com sua dor
É o vazio que não se mede
É o escuro que não se vê chegar
É perder-se,
É não querer se achar.

E tú, infante de Casimiro, poderás aos oito anos responder;
O que é Tristeza?

É não sentir dor
É não sentir Deus
É desconhecer a força que constrói os sorrisos e abraços
É desaprender a sorrir
É desaprender abraçar
É a certeza da ultima noite
É nunca mais ter a chance de ter.
É saber que os minutos são desnecessários.

E no calvário do teu cântico mestre Fagundes, descreveria em epitáfio
O que é Tristeza?

É o minuto que muda tudo

É  o segundo que te tira tudo
São os anos que não te darão nada
É o verme que vai te consumir em vida
É o inferno que chega e te absorve de forma palpavel
É a visão do Éden na janela ao lado que a ponta dos dedos já não podem tocar...
É o o fantasma de uma morte incomensurável cuja cura não é o tempo,
A cura da tristeza é sempre um sacrifício; requer funeral, flores e lágrimas...
de uma outra morte.



(...)
Alma presa por uma morte

Alma livre por outra morte.



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